Pearl Jam em Lisboa...e eu já tenho o "rectângulo mágico"

29/04/06


Volvidos 6 anos sobre a ultima aparição dos Pearl Jam por terras lusas e concerto esse que estive presente como fã incondicional da banda de Seattle, ainda hoje é o dia que recordo aquelas 2 horas e meia de pura magia. E é por isso que já estava com saudades de ver em palco Vedder e os seus fieis companheiros de viagem. Sim, porque acima de tudo os Pearl Jam são uma banda de tocar ao vivo. Da simplicidade do palco, á forma de cativar e acarinhar o público por parte de Vedder, tudo é como se fosse perfeito. E se há coisas perfeitas neste Mundo de imperfeições, um concerto de Pearl Jam é sem dúvida uma forma de nos fazer sentir bem e de esquecer os constantes acontecimentos negativos que todos os dias surgem no Mundo. Que saudades tinha vossas rapazes!!!Sim...eu posso tratá-los por tu, pois eles são como os verdadeiros amigos, que estão presentes quer nos bons quer nos maus momentos. E a presença deles é como aquela voz amiga que a cada verso, a cada acorde nos comforta a alma e nos faz sentir especiais. Para além das razões do coração, outras há também que justificam a minha presença nos concertos de Setembro. É que depois do ‘experimentalismo’ ensaiado nos últimos anos, Eddie Vedder e companheiros voltaram a pegar o rock de caras e a exibir um descarado fulgor em palco. É caso para dizer...nunca mais chega Setembro pois eu já tenho o "rectângulo mágico"!!!

"Waitin’, watchin’ the clock..."

Loucura em Londres para ver os Pearl Jam

22/04/06


O grito ecoava alto pelos túneis da estação de metro de Tottenham Court Road "Anyone is selling tickets for Pearl Jam?". O rapaz gritava e voltava a gritar a mesma frase - a frase do desespero. Na Charing Cross Road, lá em cima, junto às portas da Sala Astoria, os caçadores de ingressos eram muitos mais: centenas tentavam a sua sorte e alguns mostravam-se dispostos a pagar altas quantias por um dos 1600 cobiçados rectângulos de papel que permitia o acesso ao primeiro e único concerto dos Pearl Jam desde há anos na Europa.O concerto revestia-se de particular importância para os fãs pelo facto de a banda de Seattle apresentar, pela primeira vez, o material do novo disco e, claro, pela oportunidade rara de ver os Pearl Jam numa sala pequena - a título de comparação, dir-se-á que é mais pequena que uma Aula Magna ou pouco maior que um Hard Club. E quando a isso se junta o facto de grande parte da lotação da sala ter sido reservada para convidados como Robert Plant ou imprensa de toda a Europa, torna-se fácil imaginar os preços pedidos por alguns candongueiros sem escrúpulos houve quem vendesse bilhetes a 350 libras.A pouco mais de hora e meia para o início do concerto, o ambiente tornou-se particularmente animado com os fãs num fila interminável que desaguava pelo Soho. E quem estava na dianteira de todos? Simples duas jovens portuguesas vindas de propósito para o concerto. Arriscaram e ganharam: compraram um bilhete de avião mesmo sem tendo bilhete para o concerto. E conseguiram entrar.Perante todo este cenário, não admira que os Pearl Jam tenham sido recebidos com uma estrondosa ovação. Em duas horas tocaram 23 canções e foram obrigados a regressar três vezes. Resumidamente, dir-se-á que a banda, em palco, continua igual muito coesa, bastante simples, sem adereços ou parafernália cénica e muito humilde - por várias vezes os músicos fizeram questão de chegar perto da plateia e cumprimentar os fãs.A primeira canção a ouvir-se foi o novo single "Worldwide Suicide", seguida por "Life wasted e "Severed hand". Todavia, é fácil imaginar que o público reagia muito melhor ao material antigo "Even Flow", já mais à frente, ou "Betterman" (cantada em uníssono pela sala inteira), são apenas dois exemplos. As restantes canções foram as seguintes: "Unemployable", "Gone", "Sad", "I am mine", "Insignificance", "Army reserve", "Present tense", "Marker", "Do the evolution", "Why go?", "Man of the hour", "Given to fly", "Small town", "Porch", "Comatose", "Leaving here", "Yellow ledbetter" e, a fechar, "Alive", claro.Depois de terem vendido mais de 60 milhões de discos em todo o mundo, os Pearl Jam vão lançar o próximo disco - de título homónimo - no dia 2 de Maio. As opiniões entre os fãs que já ouviram as canções dividem-se entre o deslumbre total e o mero contentamento.Entetanto, a banda de Seattle vai regressar ao continente americano para uma digressão e só voltará à Europa daqui a uns meses. Seis anos volvidos desde que anunciaram que não mais deveriam actuar em espaços ao ar livre devido ao acidente que levou à morte de nove fãs no festival Roskilde, na Dinamarca, os Pearl Jam têm planos para voltar a alguns festivais europeus no próximo Verão. Nos dias 4 e 5 de Setembro, a banda actua no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. Os bilhetes são colocados à venda no próximo dia 29, com preços que oscilam entre os 28 e os 40 euros.

in "http://jn.sapo.pt/2006/04/22/cultura/loucura_londres_para_os_pearl_jam.html"

Encontro Ibérico de Desporto, Tavira 2006

20/04/06


A Ceita tal como o prometido esteve em Tavira no Encontro Ibérico de Desporto e de entre cerca de 1800 participantes, 4 eram da Ceita...Em relação aos resultados desportivos, pouco há a dizer, a Ceita esteve representada no torneio de ténis de praia sendo eliminado ao 2º jogo pela equipa que veio a vencer o torneio...Para além disso a Ceita teve momentos de grande classe num torneio triangular com duas equipas espanholas, tendo inclusivamente um dos seus membros ficado a ser conhecido como "Maradona", grande Vasco...Para o ano há mais e a Ceita estará novamente representada em Tavira esperamos nós com um número mais elevado de participantes...Se Bem Ceita...

in " http://aceitasebem.no.sapo.pt "

A Liberdade Nunca é Real


Se examinarmos um indivíduo isolado sem o relacionarmos com o que o rodeia, todos os seus actos nos parecem livres. Mas se virmos a mínima relação entre esse homem e quanto o rodeia, as suas relações com o homem que lhe fala, com o livro que lê, com o trabalho que está fazendo, inclusivamente com o ar que respira ou com a luz que banha os objectos à sua roda, verificamos que cada uma dessas circunstâncias exerce influência sobre ele e guia, pelo menos, uma parte da sua actividade. E quantas mais influências destas observamos mais diminui a ideia que fazemos da sua liberdade, aumentando a ideia que fazemos da necessidade a que está submetido.
(...) A gradação da liberdade e da necessidade maiores ou menores depende do lapso de tempo maior ou menor desde a realização do acto até à apreciação desse mesmo acto. Se examino um acto que pratiquei há um minuto em condições quase as mesmas em que me encontro actualmente, esse acto parece-me absolutamente livre. Mas se aprecio um acto realizado há um mês, ao encontrar-me em circunstâncias diferentes, a meu pesar, se não tivesse realizado esse acto, não existiriam muitas coisas inúteis, agradáveis e necessárias que derivam dele. Se me translado com a memória a um acto mais remoto, a um acto de há dez anos ou mesmo mais, então as suas consequências ainda se me apresentarão mais evidentes e ser-me-á difícil representar-me seja o que for, caso aquele acto remoto nunca tivesse existido. Quanto mais retroceder na minha memória, ou, o que vem a dar na mesma, quanto mais projectar no futuro o meu juízo, tanto mais duvidosos me parecerão os meus raciocínios acerca da liberdade do acto realizado.


Leon Tolstoi, in 'Guerra e Paz'